sexta-feira, 12 de julho de 2013

PRIMITIVOS




 
Imagem Google - Adelmo Candido



Observando comportamentos e conversas entre pessoas conhecidas,  cheguei a conclusões bem interessantes, sobre as quais tecerei alguns comentários a seguir.

Somos extremamente orgulhosos da modernidade de nossos dias, de nossa forma de  raciocinar, de agir e de interagir com nossos semelhantes. 

A cada lançamento tecnológico, um número incontável de pessoas se acotovela para adquirir e começar a usar a novidade, a fim de exibir para os  amigos o quão “modernosos” e “incluídos” são.

Ver as próprias fotos e comentários postados em redes sociais tais como: Facebook, Twoo, Badoo, Par Perfeito,  YouPix, Friendster, LinkedIn , Friends First Class, Oasis, Tagged  entre outros, elevam o status e a boa (ou má) fama. 

A busca, incessante, em ser bem aceito, bem visto, admirado, de ter a intelectualidade (ou o oposto dela ) comentada  é tão intensa que as pessoas esquecem da própria humanidade, o que se diria da humanidade e direitos alheios?

Tomando-se tudo por outro ângulo, percebe-se que essa, como qualquer outra busca humana,  tem origem primitiva... (sim!) Tão primitiva e fisiológica, quanto as necessidades de dormir e de se alimentar. No transcorrer da vida, continuamos impávidos, sem perceber  que o desejo de ser amado, admirado e desejável é compatível com as necessidades básicas.

Mesmo que a forma, os meios e os argumentos sejam modernos, a base dos desejos e das necessidades é primitiva, por isso mesmo não importa aonde ou como se busca a satisfação dessas premissas tão engendradas da alma humana. 

O amor, a fé, a caridade, o egoismo, a fome, a saciedade, o desejo sexual, a esperança, o orgulho, a alegria, a tristeza, a preguiça, etc, são intuitivos, não importando o quão travestidos estejamos da intelectualidade moderna - somos (e sempre seremos) primitivos em essência e jamais conseguiremos ser diferentes, pois somos humanos em qualquer classe social ou período da história. 

Apesar disso,  as pessoas continuam buscando satisfazer seus egos, tão imponentes quanto um pavão com sua bela cauda multicolorida.


 Um beijo e bom final de semana!

2 comentários:

  1. Que texto interessante, Solange!
    Gostei bastante e me deu muito o que pensar (em quanto somos primitivos, querendo ou não).

    Beijão, mocinha.

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    1. AGradeço a visita e comentário, Vivian. Que bom que gostou...Tb gosto muitos das tuas postagens no blog. Bjks e volte sempre q quiser, tá bom?

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