quarta-feira, 31 de julho de 2013

AMOR? O QUE SERIA?



 
Amor é aquele sentimento inexplicável, sobre qual muitos tentam  definir; sem perceber que é esforço  inútil desejar conter em palavras emoções inexprimíveis.

Como explicar o desejo de estar mais próximo, ouvir a voz, sentir o suspirar mesmo tendo o outro sentado ao seu lado? Como entender o despertar na madrugada sentindo a proximidade, o toque, o coração acelerado, o calor de um beijo,  estando o outro a quilômetros de distância?

O que é a sensação de descobrir os piores defeitos e deslizes de alguém e ainda assim o amar acima de si mesmo e conceder-lhe  indulgência até pelo que ainda não foi pensado?

Como negar que a própria insegurança macula o sentimento perfeito e complexo, do qual o inexprimível é exatamente o que o torna insubstituível?

Ela (a insegurança) poderá macular, mas jamais poderá conter a onda crescente do maior sentimento que um ser humano pode nutrir pelo outro.

Como dizem os estudiosos, existem diversos tipos de AMOR (do filial ao patriarcal, passando pelo  eros), mas a verdade inegável, é que ninguém pode eximir-se dele, nem saberá exprimi-lo adequadamente, pois se assim o fosse ele já não seria o que é: AMOR.

Imagem FACEBOOK

Um grande beijo!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

RECONHECER-SE


Imagem Google




Tenho andado muito observadora (talvez um pouco acima do normal)... E  minhas conclusões deixaram-me um tanto perplexa. Vou explicar melhor...

Algumas pessoas acusam as outras de intolerância, impaciência, desconfiança, infielidade, descortesia e outros adjetivos  pouco  edificantes. No entanto existe uma velha máxima que diz: “o bom julgador, sempre julgará segundo suas próprias atitudes”...

Portanto ao reconhecer tais atributos no outro, antes deve-se avaliar o quanto de si próprio vê-se refletido em outrem; o quanto de nossa própria empáfia,  desconfiança, infidelidade, arrogância, descrença, imaturidade ou falta de amor (mesmo fraterno) vemos estampado em nosso semelhante.

Quantas vezes, nos vimos diante de quadros, situações, manipulações e até dissimulações as quais orquestrávamos, há bem pouco tempo atrás... por isso mesmo fica fácil identificar tais atitudes quando direcionadas a nós.

O “modus operandi” é sempre o mesmo, falsetas, olhares de soslaio, sorriso amarelo, desculpas esfarrapadas e justificativas extensas para situações corriqueiras. Levando ao fatídico desfecho: a mentira sendo ocultada, mas com o “rabicho de fora”...

Já comentei em outro texto (MECANISMOS DE DEFESA): que o que precisa de receita ou aviamento é porque não é natural... o natural discorre, transcorre e chega ao seu desfecho sem fórmulas mágicas. Tudo é o que é e ponto final. Sem demagogias filosóficas ou profundos estudos psicológicos. 

Nada fica oculto para sempre. A verdade é imperiosamente necessária. Caso contrário,  o cansaço chega, a necessidade passa a ser suprida por outras e tudo muda nos “eternamente” finitos  relacionamentos.

Um eterno beijo e boa semana!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

DESCARTÁVEIS








Assisti, hoje, a um vídeo emocionante de um casal de pequenas crianças orientais, vestidas com capas de chuva. No tal vídeo, eles teriam  que transpor uma valeta. O menino passou primeiro e esticou a mãozinha para ajudar a menininha (amedrontada) a passar. Ela segurou sua mão, olhando para o buraco, meio indecisa, então, balançou a cabeça, negativamente...Ele insistiu, mas percebendo a inercia da menina, fez um sinal para que ela desse uns passos para trás, esticou uma perna, depois a outra, fazendo uma “ponte suspensa” sobre o buraco, deitando em decúbito ventral. A menina olha aquela cena de gentileza e amor e  decide passar sobre o corpo do menino, utilizando-o como uma “ponte” (criada por seu companheiro naquela “aventura”).

Fiquei pensando em quanto amor, comprometimento e preocupação estavam implícitos naquele  ato de abnegação por parte de uma criança tão pequena. Pensei também em como a pureza e o amor fraternal se corrompem ao longo dos anos. Será que, daqui há 20, 30 anos aquele pequeno, amoroso e cordato menino ainda terá resquícios desses atributos? Ou eles (e ele) se perderão sob as maldades, egoísmos e loucuras da atualidade?

Em dias de facilidades, desobrigações e busca de vantagens pessoais, nos acostumamos às “modernidades” de não precisarmos adquirir coisas definitivas, pois os descartáveis suprem a maioria das necessidades e não nos “escravizam” aos cuidados inerentes à manutenção do bem ou relacionamentos.

Tanto é assim que quando organizamos uma festa, buscamos o maior número possível de “descartáveis” (chamados de serviços terceirizados) dos quais usufruiremos, mas sem nenhum compromisso com a manutenção deles, exceto durante àquelas horas pelas quais estaremos pagando. 

Ficamos acostumamos aos contatos frios, distantes (em paginas de relacionamento), nos quais o  único compromisso é com a “própria verdade” ou a “própria comodidade”... 

O mais absurdo de tudo isto,  é que agimos assim  até mesmo com as pessoas que conhecemos há anos, com as quais mantínhamos contatos mais estreitos e constantes. No entanto, o “comodismo” de termos aniversários, datas importantes e novidades postados “nas nuvens”, mantendo-nos atualizados, nos leva à manutenção de contatos impessoais, até mesmo com os que faziam parte de nosso antigo convívio social.

O mesmo procedimento pode ser observado quanto aos relacionamentos: se hoje sabemos de “um amor eterno”, amanhã a tal “eternidade” já mudou de rumo, status, pessoa (???). As pessoas descartam as outras como descartam-se absorventes, fraldas sujas, aparelhos de barbear ou copos descartáveis usados.

Ainda me espanto com a facilidade de proferir a frase “eu te amo”, para gato, cachorro e companhia limitada, sem discernimento e muito menos sinceridade. É mesmo uma pena que coisas tão sublimes tenham sido relegadas ao nível de irrelevante importância!

Entendo que a modernidade nos trouxe muitos benefícios em termos de tecnologia e facilidade de vida, mas tem subtraído o que existe de mais importante: a nossa HUMANIDADE.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

PRIMITIVOS




 
Imagem Google - Adelmo Candido



Observando comportamentos e conversas entre pessoas conhecidas,  cheguei a conclusões bem interessantes, sobre as quais tecerei alguns comentários a seguir.

Somos extremamente orgulhosos da modernidade de nossos dias, de nossa forma de  raciocinar, de agir e de interagir com nossos semelhantes. 

A cada lançamento tecnológico, um número incontável de pessoas se acotovela para adquirir e começar a usar a novidade, a fim de exibir para os  amigos o quão “modernosos” e “incluídos” são.

Ver as próprias fotos e comentários postados em redes sociais tais como: Facebook, Twoo, Badoo, Par Perfeito,  YouPix, Friendster, LinkedIn , Friends First Class, Oasis, Tagged  entre outros, elevam o status e a boa (ou má) fama. 

A busca, incessante, em ser bem aceito, bem visto, admirado, de ter a intelectualidade (ou o oposto dela ) comentada  é tão intensa que as pessoas esquecem da própria humanidade, o que se diria da humanidade e direitos alheios?

Tomando-se tudo por outro ângulo, percebe-se que essa, como qualquer outra busca humana,  tem origem primitiva... (sim!) Tão primitiva e fisiológica, quanto as necessidades de dormir e de se alimentar. No transcorrer da vida, continuamos impávidos, sem perceber  que o desejo de ser amado, admirado e desejável é compatível com as necessidades básicas.

Mesmo que a forma, os meios e os argumentos sejam modernos, a base dos desejos e das necessidades é primitiva, por isso mesmo não importa aonde ou como se busca a satisfação dessas premissas tão engendradas da alma humana. 

O amor, a fé, a caridade, o egoismo, a fome, a saciedade, o desejo sexual, a esperança, o orgulho, a alegria, a tristeza, a preguiça, etc, são intuitivos, não importando o quão travestidos estejamos da intelectualidade moderna - somos (e sempre seremos) primitivos em essência e jamais conseguiremos ser diferentes, pois somos humanos em qualquer classe social ou período da história. 

Apesar disso,  as pessoas continuam buscando satisfazer seus egos, tão imponentes quanto um pavão com sua bela cauda multicolorida.


 Um beijo e bom final de semana!