Em meio ao turbilhão que minha vida está passando, andava meio sem inspiração para escrever, mas a visita ao blog de uma querida leitora despertou minha inspiração (momentaneamente desaparecida).
Lá pude ler sua gratidão por sua existência e por seus desafios
pessoais. Também encontrei frases perfeitas para definir como minha mente se
encontra, no momento: "Não haverá borboletas se a vida não passar
por longas e silenciosas metamorfoses." (Rubem Alves)
Minha vida tem passado por
transformações assustadoras e outras agradabilíssimas, mas meu EU ainda
reluta em aceitar algumas delas. Daí meu silêncio, minha falta de inspiração.
Minha alma divaga, meio perdida entre a razão e a emoção, sentimento
agravado pela impotência em determinadas situações.
A leitura de tamanha gratidão, exposta por uma pessoa que só conheço
através de seus escritos (que retratam sua alma), me
despertaram um novo vislumbrar para o meu horizonte que se mostrava tão opaco
quanto o dia de hoje.
Ler a seguinte frase tocou um alarme em minha mente: "O amor
é uma bela flor à beira de um precipício. É necessário ter muita coragem para ir colher." (Stendhal)
Ter a coragem de “colher” o amor, mantendo-o
plantado em seu local de origem (para mantê-lo vivo) é uma atitude de
abnegação e comprometimento profundo, pois tal como acontece com a
flor, arrancá-lo de sua “terra natal” significa tirar-lhe a vida, mutilando (cortando o talo) e separando-o de sua raiz que o alimentará durante toda a vida.
Percebi, com o rosto emoldurado por um sorriso
sorrateiro (que teima em se postar em meus lábios enquanto escrevo), que apesar
de todas as evidências, fatos e situações sibilarem que deveria estar com o
semblante completamente inverso ao sorriso, ainda me mantenho sorrindo não apenas no rosto, mas em minha alma.
Observei meio embevecida, que toda essa paz e
alegria fervilhantes em meu peito, são provenientes da gratidão por minha
família, por meus amigos, por minha vida profissional, por minha vida pessoal,
pelas experiências espirituais e pelo amor da minha vida.
Entendi que todos os personagens, com quem convivemos, sobem e descem degraus em suas próprias vidas , bem como nas trocas de experiências no
convívio conosco.
Nada é perfeitamente bom ou completamente ruim, todas as situações são degraus, que nos elevarão ou derrubarão até onde o permitirmos.
Nada é perfeitamente bom ou completamente ruim, todas as situações são degraus, que nos elevarão ou derrubarão até onde o permitirmos.
“Mas não tenho mais tanta pressa. Comecei a aprender a ser mais gentil com o meu passo. Afinal, não há lugar algum para chegar além de mim. Eu sou a viajante e a viagem.”(Ana Jácomo)