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Estava absorta entre livros,
e-mails e arquivos pps. Mergulhada em tecidos epiteliais, estratos córneos, ANVISA e cosmecêutica ...
De repente vem um assunto à minha
mente. Relutei em escrever, pois tenho
muitas prioridades e, no momento, escrever passa longe de ser uma delas... No
entanto o assunto continuou a martelar a minha mente, então resolvi colocar
mãos à obra ou seria às letras?
O assunto que estava me tirando a
concentração era a influencia dos contos de fadas e das estórias infantis, no mundo
dos adultos.
Por mais que neguemos ou que
deleguemos o assunto à segunda categoria, a influência do que ouvimos, lemos e
vivenciamos em nossa infância tem um papel preponderante em nossa vida adulta,
principalmente no que concerne à vida emocional (afetiva).
Nós mulheres somos apresentadas,
desde cedo, a contos melosos e idílicos onde existe uma linda princesa que será
encontrada por um belo príncipe, que se não vier montado em um altivo cavalo
branco, belo e fagueiro, será um musculoso jovem disposto a tirar a “linda
princesa” aprisionada na torre do castelo por uma madrasta má.
Aos meninos, tão logo tenham algum
entendimento, é apresentado um mundo de
lutas, guerras, monstros, no qual as mocinhas a serem salvas estão no ultimo
lugar de suas prioridades.
Além disto, em sua adolescência (ou
antes) a esses adoráveis rapazes são concedidas vivencias e histórias, nas
quais eles são os próprios “lobos maus”,
dispostos a seduzir e “devorar” desde a “Chapeuzinho Vermelho” até a
pobre “Vovozinha”.
Concordo que todo o “cor de rosa”
do mundo das meninas é um exagero bem prejudicial, mas transformar a inocência
de um menino em infame “canastrice”
também é um ato ignóbil.
Não é de se estranhar que passemos
a vida buscando inutilmente “o nosso príncipe encantado”, quando o que existem
são homens talhados a ferro e a fogo para serem autênticos “lobos maus”
guerreiros, mas sem nenhum dos atributos que buscamos e sonhamos desde daquele
príncipe dantesco que nos fora apresentado nas estórias contadas (enquanto ainda usávamos cachinhos e
tranças nos cabelos e tínhamos aquele olhar sonhador e crédulo que insiste em
nos seguir até a maturidade).
Não culpo os homens por sua frieza
e incompreensão aos anseios femininos, nem posso culpar a nós (mulheres) por
nossa pieguice e credulidade.
Na verdade, se existisse a quem
culpar, culparíamos aos tolos e rosados CONTOS DE FADAS que plantam e pintam o
mundo com cores que, absolutamente, NÃO existem na vida real.
Um beijo pra voce e boa semana “meninos” e
“meninas”.
his