sábado, 30 de novembro de 2013

SIMBOLISMOS

Imagem Google - Olho Turco
Utilizado como pingente ou objeto de decoração
A principal finalidade do olho turco é proteger contra energias negativas, mau-olhado, inveja
Na ciranda da vida nos deparamos com alegrias, frustações, medos, amores e desafetos. Sempre acreditando que tudo é proveniente da permissão divina ou intenções alheias.

É engraçado como nos eximimos de nossa cegueira e obstinação, para justificar  atitudes ou percepções enganosas (ou enganadas). 

Vejo pessoas reclamando, sofrendo e usando seus dedos indicadores (simbolicamente ou não), no intuito de absterem-se de suas culpas. 

Acreditamos em pessoas, sonhos e situações como nos convém crer e, depois, imputamos as consequências e possíveis mazelas a outra(s) pessoa(s).

Uns dizem que é o determinismo, outros que existem manipuladores e mentirosos “de plantão”, outros que suas vidas foram ou serão destruídas pela maldade alheia.

Sabe? Nada deveria passar despercebido, pois existem símbolos que nos permitem visualizar o que nossa embotada visão nos impediria. Esses símbolos são claros e específicos, no entanto insistimos em percebê-los sob a ótica que nos deixa mais confortáveis, em cada momento. Tomemos alguns exemplos.

SORRISO – alegria
OLHOS MAREJADOS – emoção ou tristeza
FECHAR OS OLHOS – sono ou cansaço
CORAÇÃO – amor
GRITOS – impaciência

Se ponderássemos de forma menos tendenciosa, perceberíamos, que o SORRISO pode ser de deboche, que os OLHOS MAREJADOS podem ter sido incansavelmente treinados para comover (como os dos atores), FECHAR OS OLHOS pode ser para não enxergar o óbvio, o desenho do CORAÇÃO pode simbolizar o músculo cardíaco e GRITOS podem ser de alegria.

Portanto, se tendemos a ver o que queremos, não podemos culpar a ninguém (além de nós mesmos) pelos julgamentos e decisões que tomamos, sejam elas positivas ou negativas, até porque tudo o que vivemos nos servirá de degrau para a próxima etapa (que chegará, quer desejemos ou não)... 

Portanto fiquemos atentos para compreender para onde, porque, para que ou para quem estamos olhando...

Bom DEZEMBRO para todos!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

MAIS QUE PERFEITOS



Imagem do Google





Quantas vezes não lemos, ouvimos ou mesmo dialogamos com pessoas que se intitulam de boa índole, de boa fé, de moral ilibada, acima de qualquer suspeita, crédulas e totalmente passíveis de serem ludibriadas e iludidas exatamente por esses adjetivos de ordem moral? 

Ou seja: são pessoas perfeitamente bem nascidas, bem vividas, bem amadas, bem respeitadas, bem ... (etc, etc e etc)...O interessante é que tendemos a crer exatamente no que nos foi dito (talvez, por nos considerarmos portadores dos mesmos adjetivos... ). 

Mas o tempo não é apenas o melhor remédio para dores, é também o melhor colírio tanto para olhos embotados quanto para  bocas e mentes (diremos assim...) manipuladoramente mentirosas. 

Tudo passa despercebido à primeira vista, mas a repetição mostrará as falhas e, por conseguinte, avaliações mudam de nível e até a nossa opinião!

Sinceramente, deveríamos sentir calafrios ao nos deparamos com pessoas adultas de vozes lamuriosas (e algumas vezes infantis), proferindo declarações de pureza e sinceridade, tão críveis quanto um leão dizendo para a gazela :”não corra, não se apresse, sou teu amigo e certamente não te jantarei...” 

Não sei você, caro leitor, mas eu tenho tido muitas oportunidades assim; mas uma coisa é certa: inexiste futuro promissor que não possa ser maculado por pessoas de dura cerviz,  que se enxergam como “o(a) injustiçado(a)” do filme, apesar de serem os verdadeiros vilões - manipulando, insuflando, denegrindo, desestrurando... exatamente como fez o Filho da Luz, um dia... 

E hoje, não apenas teve seu nome mudado, ganhou também o direito de ser o Senhor das Trevas.





quarta-feira, 31 de julho de 2013

AMOR? O QUE SERIA?



 
Amor é aquele sentimento inexplicável, sobre qual muitos tentam  definir; sem perceber que é esforço  inútil desejar conter em palavras emoções inexprimíveis.

Como explicar o desejo de estar mais próximo, ouvir a voz, sentir o suspirar mesmo tendo o outro sentado ao seu lado? Como entender o despertar na madrugada sentindo a proximidade, o toque, o coração acelerado, o calor de um beijo,  estando o outro a quilômetros de distância?

O que é a sensação de descobrir os piores defeitos e deslizes de alguém e ainda assim o amar acima de si mesmo e conceder-lhe  indulgência até pelo que ainda não foi pensado?

Como negar que a própria insegurança macula o sentimento perfeito e complexo, do qual o inexprimível é exatamente o que o torna insubstituível?

Ela (a insegurança) poderá macular, mas jamais poderá conter a onda crescente do maior sentimento que um ser humano pode nutrir pelo outro.

Como dizem os estudiosos, existem diversos tipos de AMOR (do filial ao patriarcal, passando pelo  eros), mas a verdade inegável, é que ninguém pode eximir-se dele, nem saberá exprimi-lo adequadamente, pois se assim o fosse ele já não seria o que é: AMOR.

Imagem FACEBOOK

Um grande beijo!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

RECONHECER-SE


Imagem Google




Tenho andado muito observadora (talvez um pouco acima do normal)... E  minhas conclusões deixaram-me um tanto perplexa. Vou explicar melhor...

Algumas pessoas acusam as outras de intolerância, impaciência, desconfiança, infielidade, descortesia e outros adjetivos  pouco  edificantes. No entanto existe uma velha máxima que diz: “o bom julgador, sempre julgará segundo suas próprias atitudes”...

Portanto ao reconhecer tais atributos no outro, antes deve-se avaliar o quanto de si próprio vê-se refletido em outrem; o quanto de nossa própria empáfia,  desconfiança, infidelidade, arrogância, descrença, imaturidade ou falta de amor (mesmo fraterno) vemos estampado em nosso semelhante.

Quantas vezes, nos vimos diante de quadros, situações, manipulações e até dissimulações as quais orquestrávamos, há bem pouco tempo atrás... por isso mesmo fica fácil identificar tais atitudes quando direcionadas a nós.

O “modus operandi” é sempre o mesmo, falsetas, olhares de soslaio, sorriso amarelo, desculpas esfarrapadas e justificativas extensas para situações corriqueiras. Levando ao fatídico desfecho: a mentira sendo ocultada, mas com o “rabicho de fora”...

Já comentei em outro texto (MECANISMOS DE DEFESA): que o que precisa de receita ou aviamento é porque não é natural... o natural discorre, transcorre e chega ao seu desfecho sem fórmulas mágicas. Tudo é o que é e ponto final. Sem demagogias filosóficas ou profundos estudos psicológicos. 

Nada fica oculto para sempre. A verdade é imperiosamente necessária. Caso contrário,  o cansaço chega, a necessidade passa a ser suprida por outras e tudo muda nos “eternamente” finitos  relacionamentos.

Um eterno beijo e boa semana!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

DESCARTÁVEIS








Assisti, hoje, a um vídeo emocionante de um casal de pequenas crianças orientais, vestidas com capas de chuva. No tal vídeo, eles teriam  que transpor uma valeta. O menino passou primeiro e esticou a mãozinha para ajudar a menininha (amedrontada) a passar. Ela segurou sua mão, olhando para o buraco, meio indecisa, então, balançou a cabeça, negativamente...Ele insistiu, mas percebendo a inercia da menina, fez um sinal para que ela desse uns passos para trás, esticou uma perna, depois a outra, fazendo uma “ponte suspensa” sobre o buraco, deitando em decúbito ventral. A menina olha aquela cena de gentileza e amor e  decide passar sobre o corpo do menino, utilizando-o como uma “ponte” (criada por seu companheiro naquela “aventura”).

Fiquei pensando em quanto amor, comprometimento e preocupação estavam implícitos naquele  ato de abnegação por parte de uma criança tão pequena. Pensei também em como a pureza e o amor fraternal se corrompem ao longo dos anos. Será que, daqui há 20, 30 anos aquele pequeno, amoroso e cordato menino ainda terá resquícios desses atributos? Ou eles (e ele) se perderão sob as maldades, egoísmos e loucuras da atualidade?

Em dias de facilidades, desobrigações e busca de vantagens pessoais, nos acostumamos às “modernidades” de não precisarmos adquirir coisas definitivas, pois os descartáveis suprem a maioria das necessidades e não nos “escravizam” aos cuidados inerentes à manutenção do bem ou relacionamentos.

Tanto é assim que quando organizamos uma festa, buscamos o maior número possível de “descartáveis” (chamados de serviços terceirizados) dos quais usufruiremos, mas sem nenhum compromisso com a manutenção deles, exceto durante àquelas horas pelas quais estaremos pagando. 

Ficamos acostumamos aos contatos frios, distantes (em paginas de relacionamento), nos quais o  único compromisso é com a “própria verdade” ou a “própria comodidade”... 

O mais absurdo de tudo isto,  é que agimos assim  até mesmo com as pessoas que conhecemos há anos, com as quais mantínhamos contatos mais estreitos e constantes. No entanto, o “comodismo” de termos aniversários, datas importantes e novidades postados “nas nuvens”, mantendo-nos atualizados, nos leva à manutenção de contatos impessoais, até mesmo com os que faziam parte de nosso antigo convívio social.

O mesmo procedimento pode ser observado quanto aos relacionamentos: se hoje sabemos de “um amor eterno”, amanhã a tal “eternidade” já mudou de rumo, status, pessoa (???). As pessoas descartam as outras como descartam-se absorventes, fraldas sujas, aparelhos de barbear ou copos descartáveis usados.

Ainda me espanto com a facilidade de proferir a frase “eu te amo”, para gato, cachorro e companhia limitada, sem discernimento e muito menos sinceridade. É mesmo uma pena que coisas tão sublimes tenham sido relegadas ao nível de irrelevante importância!

Entendo que a modernidade nos trouxe muitos benefícios em termos de tecnologia e facilidade de vida, mas tem subtraído o que existe de mais importante: a nossa HUMANIDADE.