sábado, 2 de fevereiro de 2013

HESITANTES...


Imagem Google - Autoria desconhecida

Hoje é meu aniversário e tenho pensado muito sobre este assunto: a hesitação. 

É interessante como hesitamos no decorrer da vida: hesitamos em decidir o que seremos quando crescermos. Hesitamos (quando crescidos) em escolhermos esta ou aquela pessoa para namorar. Quando escolhemos, hesitamos em conceder um amor desmedido ou "medido" até a certeza da reciprocidade. 

Com o passar do tempo, se a reciprocidade não é adequada, hesitamos em encerrar  ciclos para iniciar um novo.   

No caso da reciprocidade ser adequada, hesitamos em tornar o relacionamento mais sólido e estreito. 

Se optamos por encerrar ciclos, hesitamos "no onde, no como e em qual" justificativa usar. Quando optamos pela segunda alternativa, hesitamos no "se e quando" deixaremos os descendentes povoarem o nosso mundinho...

Toda essa hesitação leva ao sentimento de rejeição ou enfado por parte daqueles que compartilham conosco tais momentos "hesitantemente" constantes...  

Levando-se em conta que nos arvoramos de portadores do poder decisório, ACREDITO que  a dúvida e a hesitação nos levam a um "lugar comum": “sempre haverá motivo para o arrependimento e a culpa.”

Só existe uma situação em que não hesitaremos,  até porque quando ela chega não pergunta nossa opinião. Sabe qual é esta situação? A MORTE, que nos envolverá (um dia) com seus braços gélidos e decididos,  não nos deixando sequer antever, argumentar ou pestanejar...

Quiçá, sorrirá fagueira, nos conduzindo para nossa morada eterna, independente de nossa decisão ou consentimento...


Um  forte abraço e bom final de semana!





4 comentários:

  1. Feliz aniversario Solange, que Deus lhe proporcione a realização dos anelos do seu coração, como um presente que exiba uma maravilhosa reciprocidade em relação à sua existência, afinal, nossas vidas também se devem à realização do anelo que existe no coração de Deus. Longe do que normalmente se imagina, a hesitação é apenas um sintoma que decorre da percepção de nossa ignorância a respeito de nós mesmos. Quando hesitamos, longe de estarmos decidindo algo, apenas nos cientificamos de uma escolha, e de um tempo, ao mesmo tempo que exibimos o nosso desconhecimento acerca dos elementos que nos determinarão optar por um dos caminhos a serem seguidos. Sol, não compreender os elementos que nos determinarão o resultado da escolha, não é o mesmo que dizer que temos alguma opção, ou que temos de fato uma outra escolha. Acredite Sol, uma vez que nossos comportamentos são sempre determinados, não deveria existir qualquer espaço pra culpas ou arrependimentos, e eles só existem por vivermos e experimentarmos uma ilusão sustentada por pensamentos aos quais validamos como verdades absolutas. Sabe? Dentro de um contexto religioso, sempre fomos ensinados a agir com misericórdia, e uma vez que devo fazer aos outros aquilo que gostaria que fizessem comigo, suponho, que seja justo também usar conosco dessa mesma misericórdia, e dentro disso, uma vez ainda que em nossa natureza nos sentimos frequentemente ordenados a agir contrariando nossas convicções, o melhor que podemos fazer é compreender as nossas decisões, aprender com os nossos erros, aprendermos sobre nós mesmos, esperando entendermos nossa predestinação e com isso facilitarmos a nossa caminhada. Portanto, seja feliz Sol, e saiba que se você em algum momento errou foi porque não soube ou por conta de suas fraquezas não pôde agir melhor, e se não soube, a ignorância te justifica, e se não pôde, a sua impotência lhe inocenta. Novamente, dentro de um ponto de vista estritamente religioso, saiba que todos nós sempre estivemos determinados à graça de Deus, e a graça é de graça e não cabe mérito... Quanto a morte, saiba que até ela nos foi determinada como um presente, ou melhor, vivermos sob seu estigma deve ser considerado um presente, pois o fato de existirmos sob essa perspectiva, faz com que todos os momentos sejam únicos, e igualmente mágicos. Novamente, desejo a você como presente um ano inteiro repleto de alegrias. Um beijo.

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    1. Boa noite, Anonimo!

      Agradeço a visita, a felicitação e o belíssimo comentário. Perfeito e coerente, apesar de fustigar frontalmente a teoria do arbítrio (escolha e consequencias)... No entanto, leva à muitas reflexões e, depois de análise detida, chega-se mais HESITAÇÕES, só que desta feita duvidando se temos mesmo o tal "poder decisório" ou se apenas agimos de acordo com o que fomos programados pelo "realização do anelo de Deus". Adorei! Um beijo pra vc também!

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  2. Querida Sol, tuas palavras são doces como seu olhar; elas fluem de seus textos com uma leveza que quase posso escutar a tua voz. O que mais me encanta em você é o contraste entre a doçura das palavras e a firmeza das afirmativas. É uma sensação maravilhosa passar por aqui, ver uma tua imagem fotografada e usufruir de suas palavras encantadoras. Parabéns por mais este belo texto e pelo aniversário. L.Eduardo

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    1. L.Eduardo,

      Não sabia que existia esta dualidade em mim, quanto mais que poderia ser observada tão nitidamente em meus textos. Fica a dica... Obrigada pela gentileza, visita, comentário e felicitação. Volte sempre!

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