sexta-feira, 5 de outubro de 2012

QUEDA LIVRE


(Imagem do Google - Autoria Desconhecida)





Todos já experimentamos aquela sensação de forte descarga de adrenalina, que faz o rosto empalidecer, as mãos suarem frio, o coração bater descompassado e frenético. 

Tal sensação é bem característica naquelas situações em que tropeçamos, perdemos o equilíbrio e percebemos a queda iminente, com a nossa aproximação - na horizontal ou em genuflexão - do chão frio, duro e contundente.

Experimentamos sensação similar quando vemos um carro partindo em nossa direção, ao atravessarmos, descuidados, uma rua; ou quando somos vitimados por um acidente de trânsito, do qual saímos feridos e ficamos imaginando como poderíamos ter evitado o ocorrido se tivéssemos agido de forma diferente ou em outro momento.

O mais interessante é que as sensações experimentadas, em qualquer área de nossas vidas têm as mesmas características, não importando se os fatos que as geraram são físicos, emocionais, profissionais ou religiosos.

Há alguns dias, fiz uma descoberta que já intuía, mas precisava confrontar fatos e depoimentos para chegar a uma conclusão lúcida e racional, bem característica de minha personalidade.

Apesar dos fatos atestarem fortemente que a verdade era uma, os depoimentos alegavam exatamente o oposto. 

No entanto, os depoimentos estavam repletos de emoção e  da necessidade do depoente em testificar sua inocência.

Fato é que, apesar das provas cabais comprovarem a teoria inicial da “culpa”, aquela tão conhecida descarga de adrenalina embotou o raciocínio e a lógica, transformando a racionalidade em instinto de preservação da fatídica queda ...

E EXATAMENTE como fazemos, após tropeçarmos: busquei agarrar-me em algo sólido, confiável e que me assegurasse, senão esquivar-me da queda livre, pelo menos “um pousar” menos contundente.

Forte abraço e bom final de semana!

8 comentários:

  1. Ola Sol. Acho que o erro nasce desse instinto protetor que nos embaça a capacidade de enxergar "as coisas como ela de fato são". Diferente de se proteger de um carro, é querer se proteger escondendo atrás de uma ilusão. No intuito dessa proteção a todo custo, do sofrimento, deixamos de ver. O q mais me fez sofrer qdo meu ex marido disse do dia para noite "quero separar-me" foi que ele me pegou de surpresa. Me aliviava sentir mta raiva dele e culpá-lo por esse abandono sem aviso prévio. Com o tempo percebi q eu não estava isenta de responsabilidade, pq meu aviso prévio estava sendo dado naquele dia q ele dormiu fora, o outro q não ligou o celular qdo viajou, outro q não quis sair a noite pq estava cansado, o outro quando não quis dormir de conchinha... Um dia lhe questionei e ele disse "não queria q vc sofresse" como assim? Não queria e ao invés de dizer a verdade e me libertar, me deixou em choque ao ir embora. Portanto aquela máxima "a cada um, aquilo q lhe convém", é para ser analisada e levada a sério. Para nos agarrarmos em algo, precisa ser algo mto sólido, para não cairmos logo a frente.

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    1. Olá Marcela! Agradeço o comentário.

      Vc tem razão qd cita o quanto enxergamos "turvamente" os fatos, simplesmente por deletarmos ou colocarmos em segundo plano, sinais evidentes de que algo não vai bem (em qualquer parte de nossa vida, seja financeira, amorosa, familiar ou na área da saúde física).

      Todas as mudanças e "surpresas" são precedidas por sinais, que muitas vezes teimamos em não observar...

      Então tropeçamos, caimos, nos machucamos e ainda culpamos os outros por nossa distração ou miopia!

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  2. Vengo del blog de Rosa Mattos (Contos da Rosa) y me ha encantado tu Rincón; por lo cual, si no te importa, me gustaría ser Seguidor de tan bello Espacio, lleno de Sentimientos y Magia.
    Un abrazo.

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    1. Me encanta su blog, la delicadeza de la música, la poesía y las imágenes. Será un honor contar con usted como un seguidor y sin duda seguir sus noticias.
      ¡Bienvenidos!Gracias por su visita...
      Solange Mara

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  3. oi, estou seguindo,se puder me seguir também, eu adoraria, também escrevo e poderiamos trocar ideias!
    beijus

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  4. Olá Natália,agradeço por seguir e comentar em minhas postagens no blog... Seja bem vinda!
    Também estou te seguindo e coloquei um comentário no conto "Eles estão chegando".. Sucesso! Bjks

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  5. se não fosse a adrenalina não conheceriamos o medo e a coragem, não existiria o instinto e por ai vai...

    que tenhamos sempre essa queda livre pois mostra que somos seres humanos vivos e normais!

    excelente texto!parabens!

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    1. Lu! Sempre gentil e incenticadora desta tua amiga aqui... Obrigada pelo comentário e pelo carinho!

      Bjks

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