terça-feira, 8 de maio de 2012

Amor Incondicional x Insanidade



De fato, amar alguém acima de si mesmo é, no mínimo, uma atitude insana, quiçá suicida.
Este tipo de amor deveria ser dedicado aos filhos, aos pais, que por mais que sejam insensíveis, ingratos ou ambos, estão ligados à nós geneticamente, têm laços indissolúveis de sangue e por isto mesmo características similares de personalidade e de hábitos; Parece-me que isto acaba ocorrendo com casamentos longos, independente de haver amor incondicional ou não.


Para pessoas que aparecem em nossas vidas, praticamente do nada, seria muito mais coerente que se nutrisse um sentimento mais comedido, menos intenso, mais racional. No entanto, quando surgem, é de forma inesperada, tirando-nos da nossa rotina, no nosso prumo, de nossos planos; despertando um sentimento adormecido ou até mesmo desconhecido, mais parecendo um vulcão em erupção, nossos temores vão aquiescendo lentamente, levando-nos a entregar àquele(a) que já é o(a) capitão de nosso navio, do nosso aquartelamento, de nossa vida, cada milímetro da fortaleza, tão cuidadosamente erguida, para proteger-nos da dor e da traição.


Mas quem domina este inefável órgão do corpo humano? Que tem a medida de nosso punho, mas a responsabilidade de bombear o sangue para toda a extensão do corpo e a tarefa subliminar de encontrar, semear, regar e fazer florecer o sentimento chamado AMOR.


O coração tem seus caprichos, escolhe errado, às vezes acerta;  rejeita quem o ama e parece buscar incessantemente algo que, normalmente já está ao seu alcance, mas quase nunca é reconhecido.


Debater-se para não demonstrar este sentimento ao ser amado ou à sociedade, é como esconder o sol, que sempre encontra frestas para impregnar tudo com sua luz. 


Quando se ama alguém acima de si mesmo, este amor transborda através de nossos poros, de nossos olhos, pungente como lágrimas, intenso como o sol do meio dia.

  

2 comentários:

  1. Texto interessante. Parece uma pessoa dominada por uma paixão não correspondida. acertei?

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  2. Todos temos paixões correspondidas ou não... a verdade é que surgem momentos em que estamos tão desalentados que nem exergamos o óbvio. Gostaria de demonstrar com meus textos os encontros e desencontros, que todos passamos algum dia, não necessariamente o que eu esteja vivenciando atualmente. Obrigada pelo comentário!

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