Em meio à ingenuidade
quase patética que acomete a maioria das pessoas, dentre as quais me incluo,
somos envolvidos em situações digamos assim, inacreditáveis!
Até hoje sempre
imaginei que a maior mágoa que poderíamos ter é a de nos acusarem injustamente.
No entanto, os últimos tempos puderam me mostrar que: SIM! Existem dores
maiores... uma delas é a condenação, sem direito a argumentação, pois o
veredito já fora dado, antes mesmo que se tomasse conhecimento quanto ao enredo
da história. Aliás, história, vil de manipulação, pensamentos egoícos e
de intenções, digamos assim...duvidosas.
Toda a situação
estava fadada ao insucesso, pois não se "brinca" com senstimentos
alheios e segundo a visão do "pivô" de tudo, "somos todos
irmanados, pois procedemos de apenas um Deus"... é muito estranho observar
tamanha incoerência e dualidade.
Uma coisa é certa Ele
não se deixa escarnecer, nem permite que inocentes sejam fustigados além do que
possam suportar.
Certamente esta
sensação de estranheza é decorrente da observação dos fatos sob a ótica e
a ética a mim incutidas. Temos, todos, o hábito singular (ou seria plural?) de
perceber, imaginar e julgar nossos semelhantes sob o jugo de nossa ótica e
padrões de comportamento.
Até aí nenhuma
novidade ou algo para se estranhar, pois nunca poderíamos avaliar alguém ou uma
situação sob uma ótica que desconhecemos ou com a qual não estivéssemos
habituados a observar ao nosso redor.
Por conta disto, vivi
situações de acusações, reminicências, julgamentos e condenação, por algo que
nunca fiz ( e devo confessar: sequer imaginava que alguém fosse capaz de
fazê-lo).
Consequentemente,
comecei uma reflexão dolorida e quase subconciente: onde eu havia errado? Como
pude ser indicada como autora de tamanho desrespeito contra outrem?
Após longo debate de
mim para comigo mesma, percebi assustada: a conclusão era bastante óbvia,
afinal! Se até aquele momento eu não fora capaz de respeitar a mim mesma, meus
limites, meus padrões, minha ética e tudo o mais, como poderia ser digna da
confiança de alguém?
Apesar da acusação,
em si, ser injusta, certamente ela procedia; visto que se eu desrespeitava meu
próprio ser, certamente seria capaz de qualquer outra atitude vil e
baixa.
Isto sem levar em
consideração que a testemunha de acusação e que também fora o juiz supremo,
estava fazendo uso do próprio conhecimento e ética, portanto nunca poderia
imaginar que atitudes respeitosas e sadias pudessem partir de alguém.
Enfim: jamais espere
que floresçam rosas em pântanos, no máximo encontraremos areia movediça e
limbo.
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